Juíza arquiva ação penal eleitoral contra Rodrigo Tacla Duran

21/06/2024 - 06:49 - Gisele Silva

A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 2ª Zona Eleitoral de Curitiba, atendeu à solicitação de extensão dos efeitos da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, na Pet 11.438. Isso resultou no trancamento de uma ação penal eleitoral contra o advogado Rodrigo Tacla Duran.

No desfecho da Petição, Toffoli invalidou todas as ações conduzidas pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil) e pelos integrantes da "lava jato", pondo fim às investigações penais contra o ex-governador do Paraná, Beto Richa, pela Justiça Federal de Curitiba.

O ministro observou que Moro excedeu os limites do sistema acusatório, priorizou interesses pessoais, tomou medidas atípicas e agiu como investigador.

Posteriormente, em 3 de junho, a juíza Lydia Aparecida Martins, da 3ª Zona Eleitoral de Curitiba, ampliou os efeitos da decisão para encerrar o processo penal contra o próprio Richa.

Tacla Duran foi acusado de ocultar recursos originados de atividades criminosas, por meio de contratos fictícios entre empresas do Grupo Triunfo e seu escritório, totalizando R$6 milhões.

A magistrada destacou a importância de cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal e expandir os efeitos da sentença aos demais réus investigados, mesmo que não tenham solicitado expressamente.

Tacla Duran é conhecido por suas controvérsias com Moro e os envolvidos na "lava jato". Ele alega ter sido chantageado para evitar a prisão e incluiu Moro, o atual senador, e Deltan Dallagnol, agora deputado federal, na suposta extorsão.

Em 2016, ele foi detido na Espanha, porém obteve liberdade provisória após três meses. Chegou até a ser incluído na lista da Interpol, mas seu nome foi removido devido a questionamentos sobre violações de direitos.

Referência do processo: 0600168-59.2021.6.16.0002

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